quinta-feira, 7 de junho de 2012

Um a um os destroços se traçam por meus tornozelos, pulsos e costas. A lâmina desliza áspera, encontrando e desencontrando com a pele. E eu me pergunto, mais uma vez, por quê? Por que comigo? Por que sozinha? Por que pregar batalhas que só eu vejo? Por que todo esse medo, toda essa culpa? Por que toda essa vergonha, essa pressa em escapar de mim mesma? Por que essa eterna espera por alguém que me impeça? Por alguém que faça e refaça meus curativos, que grite e condene meus hábitos? Por que esse eterno descontrole? Essa constante vontade de afundar? Essa eterna necessidade de ser salva? Por quê? Pra quê?

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