sábado, 9 de junho de 2012

E então você percebe que você passou tanto tempo nadando, tanto tempo navegando por esse mar tão inconstante, por essa maré indomável, que não consegue confiar em toda essa calmaria.


Você nota que passou tanto tempo com os pulmões cheios de água, com a garganta seca e a pele enrugada, que parte de ti recusa-se a acreditar em sua própria existência. Você se pega imaginando se, depois de tanto afundar, é possível que agora você sinta estar voando.

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