segunda-feira, 18 de outubro de 2010

As gotas ligeiras caindo de encontro a grama ensopada, o vento úmido batendo em minha vidraça morna, os clarões de quando em quando iluminando meu quarto. A dor constante em meus ossos, seus dedos invisíveis acariciando por debaixo de meu moletom, contando, sem pressa, minhas costelas.
Seus cabelos grisalhos que só meus olhos enxergam repousando sobre meu travesseiro rosado. Seus lábios finos, quentes e ásperos de encontro com meus lábios frios e avermelhados. Seus pecados passeando por minha mente vazia. A palma de sua mão direita passeando por minha cocha, meus joelhos, meu sexo e meu ventre.
Seus braços, ah querido, seus braços, envolvendo meu corpo, me apertando contra seu peito nu, e seus dedos bagunçando, com calma e deleite, minhas mechas leves de um ruivo clarinho.

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