segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quatro travesseiros, dois cobertores, janelas abertas e um locutor sussurrando bobagens no rádio, na esperança de todos já estarem dormindo. Meu corpo imóvel se encontra no meio das cobertas, encolhido em um misto de dor e falta de espaço.
Tento sentir-me menos sozinha, converso com os fantasmas que me assombram, com os fantasmas que deixaram de assombrar, e com os fantasmas que eu passarei a vida inteira esperando que venham, que me tirem daqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário