“Eu me vi sozinha na floresta, a neve caía, a luz brilhava num azul misterioso entre as árvores escuras. Esse lugar eu conhecia muito bem. Tinha sonhado com ele muitas vezes desde que voltara à rua da Ponte. Foi aqui que mataram o raposo.
Ouvi a trompa do caçador soar e comecei a correr. Estava no meu pesadelo, mas desta vez sabia que não haveria despertar.
Ah, como eu corri. Escorreguei, tropecei, caí, levantei de novo e continuei até, exausta, não poder mais prosseguir. Meu hálito subia como o vapor de uma panela fervendo. Fiquei congelada de medo, os olhos fechados, esperando ser apenas uma luz azul, sabendo no meu coração que não era.”
Coriandra, Sally Gardner.
Que maneira poetica de deescrever um pesadelo. Adorei.
ResponderExcluirAwm, que bom que gostou! *-*
ExcluirEsse livro é maravilhoso, cheio dessas descrições poéticas de coisas perturbadoras. Lindo, lindo!