domingo, 25 de julho de 2010

Perdoe-me se tua dor deixou de ser minha, e se meu corpo já não mais precisa do teu. Perdoe-me se o jogo virou, se você perdeu e não consegue lidar com isso. Perdoe-me por ter vencido a partida de tua vida. Perdoe-me por ter sido ousada, por ter dito adeus quando você implorou para que eu ficasse. Perdoe-me por ter ido embora quando você mais precisou, e perdoe-me por não sentir saudades.
Perdoe-me por não ter escutado suas canções favoritas, por dormir com seus filmes preferidos, por odiar tudo em ti, por odiar tudo que você fazia para me agradar. Perdoe-me por mudar a cada segundo, por não gostar que você gostasse de todos meus defeitos. Perdoe-me por ter desejado, todos os dias de todos os anos que passei com você, que tu me odiasse ao menos um pouco.
Perdoe-me por não ter rido de tuas piadas, por ter espalhado teus segredos, por ter dito todas aquelas coisas que tu jamais deveria saber. Perdoe-me por ter sido sincera, por ter dito que tua esperença era fraca, que tua vida era sem graça, e que teu amor nada valia. Perdoe-me por ter odiado suas roupas, seus olhos negros e seu cabelo claro e bagunçado, sua barba por fazer e seu nariz quebrado.
Perdoe-me por tragar em seu rosto, por beber em sua casa, por derrubar líquidos em seu sofá, por gravar ofensas no vapor de seu banheiro, e por ter deixado marcas de batom e seu colarinho.
Perdoe-me por isso e por mais. Só não me perdoe de verdade, seria algo a mais para precisar me desculpar.

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