segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tenho me sentido pequena e sozinha. Indefesa, de certa forma. Sinto-me em perigo, só não vejo onde está esse perigo. Ando sentindo medo. Acordo de madrugada e posso sentir minha respiração ofegante, e acabo por deixar as lágrimas me levarem à um lugar próximo a loucura.
Jogo-me aos pés da cama e ponho-me a rezar. Sinto-me covarde, fraca. Sempre me julguei como alguém sem fé, e vem um desespero mínimo, que talvez nem sequer exista, e ponho-me a rezar freneticamente.
Talvez por não querer me prender à Deuses, ou à verdades não comprovadas, faço de conta que imploro aos meus amigos de longa data, que já me deixaram à décadas, ou talvez não tanto tempo assim, alguns nem meus amigos são. Não digo que me falta afeto para com eles, mas que esses nem sequer me conhecem. Imagino que do céu, se é que lá estão, tenham me visto. "Oh, não no inferno é que não hão de estar" diria você, pobre leitor, mas desconhecemos nós, mortais, as verdades depois desse espaço curto, que nos leva uns 60 anos, se não mais.
Perdi-me no assunto, ou então me pus a fugir. Fracassada que sou não consigo me prender as memórias por muito tempo, sinto medo até delas. Existem tantas coisas que não valem a pena serem lembradas. Chega a me causar arrepios pelo corpo.
Não sei se devo divulgar os causadores de meu espanto noturno, talvez seja como contar um ponto fraco, contar ao inimigo que arma letal usar. Que seja, contarei. Mas que fique para outra hora, ando tão cansada.

Um comentário:

  1. não tema, a verdade já está em você.
    as coisas, muitas vezes estão escancaradas e a gente simplesmente não vê.
    Adoraria ler sobre 'os monstros' da noite.
    Mas sinceramente espero que tenha sempre um bom fim. [não falo de 'e viveram felizes', mas acho que você compreende]

    Paz e um bom Café.!

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