segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cruzei meus braços e sentei em umas das poltronas ao fundo do tribunal, daria qualquer coisa para que ele não me encontrasse no meio da multidão, qualquer coisa para ele não me encarar com aqueles olhos profundos de decepção.
Ele ainda não havia chego, e eu esperava realmente que tivesse tido a chance de fugir, e que me ligasse de algum lugar distante, usando outro nome, mas com o meu rosto, e me dissesse para encontrá-lo, para vivermos o amor que não pudemos compartilhar no passado.
Mas então avistei um policial saindo de uma porta até a pouco desconhecida, segurando-o pelo braço, estava algemado. Meus sonhos não seriam atendidos, não por enquanto. Ele foi colocado no banco dos réus, sem falar uma palavra. O julgamento de minha vida estava prestes a começar, e eu veria tudo do fundo da sala, sem palpitar sobre nada. Façam suas apostas, eu aposto no meu coração partido.


Continua.

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