domingo, 20 de dezembro de 2009

Ela havia esperado tanto tempo pra fazer o que realmente queria que nos últimos meses eu realmente acreditei que ela havia desistido. Eu realmente pensei que ela não conseguiria partir, eu nunca imaginei que ela poderia fazer isso comigo. Mas quando acordei com o despertador dela tocando e percebi que não havia ninguém do outro lado da cama pra desligá-lo eu tive certeza que ela era a garota mais incrível que conhecia.
Eu sabia que não a veria mais, e estranhamente isso não me causou espanto, dor talvez, mas espanto, espanto não. Esperei meus olhos ficarem acostumados com a luz e levantei o olhar para o quarto, tão estranho não encontrar a guitarra dela jogada perto da porta, não ver dezenas de xícaras sobre a escrivaninha, não encontrar a foto dela presa no espelho, não ficar irritado porque as portas do guarda-roupa estão abertas, porque elas simplesmente estavam fechadas.
E de uma hora pra outra eu me vi com medo, medo de com o passar do tempo eu possa esquecê-la, ou perder a clareza da imagem que tenho. Talvez se ela estivesse esquecido uma foto, ou então um pequeno objeto, qualquer coisa, eu pudesse manter esses sentimentos dentro de mim por mais tempo. Se ela soubesse o quanto a amava, e o quanto eu temia que ela fosse embora, e ao mesmo tempo temia que ela ficasse.
Ela nunca poderia entender o quanto doía ver que ela não estava feliz comigo, ver que ela sabia que seu lugar não era este, vê-la sonhando com os palcos, com o mundo. E o meu egoísmo doentio a prendia nessa casa, nessa cidade ridícula e estúpida que nunca será a mesma sem ela.



-
feliz aniversário pra minha irmã *-*

Um comentário:

  1. ai que foda maay *----* , eu leio essas coisas e dá vontade de viver *-* não sei explicar . ahh, tô com vontade de escrever :/ e ainda não consigo. enfim , mais uma vez , parabéns . :*

    ResponderExcluir