sempre a mesma coisa.

Estou tão perdida, perdida nesses meus sonhos pequenos, sonhos sem nenhum valor, apenas pequenas fantasias. Sonhos que por mais que sejam sonhados com um intuito de tornarem-se realidade, não se tornam, talvez porque eu não queira, talvez porque eu queira muito.
Esses sonhos tão indignos de respeito, tão diferentes de todas verdades que eu conheço, tão diferentes de tudo que eu penso, de tudo que eu sempre desejei para o futuro. É triste contar todas as noites que não dormi para poder controlar meus sonhos, para poder pensar só naquilo, em nada mais. É bobo ver quantas vezes deitei na cama e abracei o cobertor, criei um diálogo, um diálogo com um cobertor que fedia a mofo, um cobertor desbotado depois de tantos invernos, um cobertor, apenas.
Certo, não era apenas um cobertor, e também não era meu amigo imaginário, era alguém bem real, em parte, obviamente. Alguém que eu acredito que exista, e que eu sei que existe, alguém que perturba meus pensamentos todas as noites, todas as manhãs, todas as tardes, alguém que roubou todas as minhas palavras tornando meus textos cada vez mais repetitivos e melancólicos. Alguém que eu não quero conhecer, e ao mesmo tempo quero muito. Eu tenho tanto medo, medo de todas essas coisas estranhas que me atormentam, todos esses pensamentos doces demais, todas essas borboletas que tomam conta de meu estômago.


( jack's mannequin me faz chorar, comolidar? q )