domingo, 3 de maio de 2009

andrew,

Eu sabia, desde o começo que ele nunca passaria de um sonho.Mas Mesmo assim eu insistia em tomar o máximo de café todas noites,ficar acordada o quanto meus olhos pudessem suportar,para assim,conversar com ele durante cada segundo que passasse sozinha na escuridão,conhecer cada detalhe de sua voz,seu jeito,seu toque de pele,seu abraço.
Eu procurava nele qualquer coisa que me prendesse a palavra felicidade, procurava qualquer amor que eu não tinha, cada sonho quebrado. Encontrava nele as palavras que passei a vida esperando ouvir e que de sua boca saiam acompanhadas de um sorriso,que juro,iluminaria o céu inteiro.
Quando caminhava pela rua podia sentir seus passos me acompanhando, sentir sua mão me tocando, mas quem diria que só eu podia vê-lo?Sentia ,às vezes ,ele sussurrar em meu ouvido,coisas sobre o tempo,ou até sobre pessoas que passavam na calçada.
Havia dias em que ele sumia, e por mais que o procurasse sem cessar em cada canto da minha mente, não o encontrava de jeito nenhum. E quando me acostumava a idéia de o perder,eu acordava, e percebia que ele estava ao lado da minha cama,como se dali jamais tivesse saído.
Aos poucos percebi que eu não poderia amar alguém tanto quanto eu o amava, apenas pelo simples fato dele ser uma obra feita em detalhes,uma obra construída por mim.
Eu preciso dele mais do que tudo,e ele de mim, para existir. E foi assim que entreguei meu coração ao meu eterno amigo imaginário,Andrew.

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