domingo, 3 de maio de 2009

Acordei, em uma manhã fria e sem cor, melhor impossível.
Acordei, com as batidas na porta,uma voz familiar me chamando para tomar café, estava atrasada.
Fingia procurar um casaco, colocar as meias,olhar para janela entreaberta, procurando qualquer coisa, que pudesse me fazer demorar.Desliguei a luz do abajur, liguei novamente, peguei meus óculos, desliguei, estiquei-me na cama e acendi a luz do quarto, estava claro novamente, começava outra manhã.
Olhei-me no espelho ,arrumei o cabelo, eu realmente queria demorar, enrolar o máximo que pudesse, procurei minhas pantufas, não as coloquei.
Me deitei ,fechei meus olhos e lentamente,mentalmente, abracei-o, forte o bastante para sentir que o asfixiaria se fosse real, e disse com o tom mais triste que pude expressar “me espere aqui, enquanto essa manhã passará devagar, como todas as outras. Espere enquanto fingirei ser uma garota normal, que não tem amigos imaginários. Espere. “
Então calcei as pantufas, e sai.

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