Nossas bocas roçavam, misturando nossos hálitos, diluindo nossos gostos. Nossos braços se enozavam, comprimindo, rejeitando, implorando. Nossos rostos formavam uma só forma, ainda que um deles lutasse contra a pressão do outro, contra os carinhos suaves.
Suas mãos encontraram com meu peito, empurrando-me vagarosamente, como um tango em câmera lenta. Seus lábios, docemente, deslizaram por minha pele, umedecendo meu pescoço, marcando meu queixo em vermelha tinta.
Meus pés foram, passo a passo, perdendo o contato com o solo. Senti, de repente, vento morno dançando sob meus dedos, e uma ausência calma, quase imperceptível, de suas mãos guiando-me janela a fora.
Ual, esse texto mereci continuação :) Adorei.
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