sábado, 1 de janeiro de 2011

E quando as madrugadas chegam mornas vejo-me ajoelhada ao ladrilho vermelho do banheiro, rasgando suavemente a superfície pálida de meu antebraço. E espero que alguma pedra encontre com a vidraça, que o telefone  toque, que a campainha soe, que você esteja do outro lado da porta, que me aninhe em teus braços e beije-me os pulsos.
Mas o silêncio permanece, meu corpo enfraquece, a navalha cai ao chão, meus olhos abandonam a luta contra o sono e cerram bruscamente, abrindo espaço para um mundo onde não preciso de nada, nada além e esperança.

Nenhum comentário:

Postar um comentário