"A literatura é que fode a minha vida. Esses probleminhas latentes que vivem aparecendo do nada e se acumulando, é culpa da literatura. Dos filmes. Na rua, fico esperando que alguém apareça e mude a minha vida. Sempre procurando um brilho que não existe, um cheiro pra cada momento, uma música pra cada dia, um verdadeiro problema.
Mas é sempre a mesma coisa. As coisas vão bem. Droga, elas vão bem. Minha vida não é um livro, não é filme, não é poema. Ela é tão óbvia quanto o sol nascendo no leste e se pondo no oeste. Somos como um elétron sem núcleo.
Parece tá sempre faltando alguma coisa que no fundo a gente sabe que não existe; existe na literatura.
A vida real não tem cor."

Francielle Miranda (http://cafenotrabalho.blogspot.com/)