terça-feira, 2 de novembro de 2010

Entre essas quatro paredes revestidas por folhas de jornais, gibis e revistas de moda, sobre o colchão de molas, velho e fedorento, com os olhos presos ao teto sujo e vazio, sinto meu peito destroçado partir-se em fragmentos ainda menores, tão pequenos quanto o pó que brilha em contato com a luz do amanhecer ao invadir o cômodo pela vidraça. Talvez haja alguns pedacinhos de mim brilhando sobre meu peito, talvez não haja mais nada que não seja essa dor, essa lembrança de um peito completo, repleto de algo que em mim agora só dói.

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