quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Frágil, Konstantine adormeceu ao meu lado. O gosto doce e morno da goma de mascar sabor morango, que amanhecera em sua boca, ainda parece tocar meus lábios secos, assim como sua saliva pegajosa ainda parece umedecer minha nuca.
Ainda a tenho em meus braços. Deitada em nossa cama estreita posso senti-la desenhando, distraída, corações em minhas costas nuas, beijando meus pulsos, roubando goles de meu conhaque e respirando, inocente, a fumaça branca de minhas tragadas.
Sinto o aroma de seus cabelos ruivos invadindo meus pulmões, e sua voz manhosa dançando junto a sua língua em minha orelha gelada.
Ah, minha eterna Konstantine, onde estaria você agora, se não em meu peito, como todas as memórias de tempos melhores?

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