quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Para amá-la é preciso, sobre tudo, não ser fraco. Não é necessário que se seja forte, mas é necessário que não se seja fraco. Não aceite as coisas que ela diz com tanta confiança, não se entregue tão facilmente, não espere dela algo em troca, e não dê a ela mais do que ela costuma oferecer. Não muito mais do que nada.
Faça de conta que também não se importa tanto, que pra você também tanto faz, como se fôssemos parte da decoração de alguma casa, e que pouco importasse para nós se estivéssemos na parede da sala ou no chão sujo da cozinha, ao menos estaríamos em algum lugar.
Não sorria se ela não sorrir, não a abrace se ela não abraçar você, não se aproxime se ela não puxar sua jaqueta, e não a olhe nos olhos, tampouco diga doçuras, e nunca, nunca, ouça bem, nunca demonstre dependência. Quanto mais você precisar dela, mais vontade ela terá de correr para longe. Não é como se ela guardasse por ti certa repulsa, ou como se houvesse rejeição ao amor cultivado, mas a dependência de alguém para com ela a enlouquece, a faz temer qualquer passo em falso, e a faz largar tudo para trás e correr para longe.

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