quarta-feira, 1 de setembro de 2010

8:03, meus olhos acompanham sua silhueta a distância. 8:07, minha voz prende em minha garganta logo que meus ouvidos identificam sua respiração leve. 8:11, meus lábios frios encontram com sua bochecha morna. 8:12, minha voz rouca acompanha o tom de sussurro da sua.
8:15, meus joelhos fraquejam e meu batimento cardíaco pára bruscamente assim que percebo que minha íris provavelmente reflete seu sorriso doce, pela primeira vez nessa manhã. 8:17, minhas narinas inalam, com fervor e deleite, seu aroma matinal. 8:22, as pontas de meus dedos encontram com a maciez de sua mão, desenhando imagens inexistentes no espaço entre sua palma e minha pele.
8:26, meus braços contornam seu pescoço, fazendo-me desejar nunca soltá-lo, nunca perdê-lo, nunca deixar que isso tudo mude ou que um dia acabe. 8:34, meu riso entra em sintonia com o seu, assim como meus pulmões acompanham o fluxo de ar dos seus, assim como meu coração bate a medida que o seu bate.


11:02, onde está você agora?

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