quinta-feira, 29 de julho de 2010

No vidro embaçado pelo calor de nossas respirações, gravei nossas iniciais, deixando que finos raios de luz lunar invadissem meu quarto e caíssem sobre seu rosto pálido, seu rosto de simetria perfeita, que alterassem seu sono e fizessem com que sua respiração acelerasse. Perdida nas baforadas de seu pulmão, encolhi meu corpo e deixei que meus braços encontrassem sua cintura por debaixo das cobertas. Abraçei-me em você, esperando que o frio passasse.
Meus olhos pesavam, mas a já conhecida insônia misturada em minha recém chegada ansiedade e ao castigo de todas as xícaras de café que consumi enquanto esperava seu ônibus chegar, fizeram minha noite durar mais do que deveria. Mas afinal, quem é que se importaria em passar a noite em claro observando seu sono? Esperei que o sono nem sequer chegasse, e que se chegasse trouxesse você em meus sonhos.

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