quarta-feira, 21 de julho de 2010

Meu café está frio, meus dedos congelados, e o papel na máquina de escrever está em branco. Não encontro palavras, algo as levou para longe, longe de mim, longe de minha dor, longe de meu drama. As palavras se repetem, e a chuva, que antes inundava minha mente com idéias, agora só traz umidade e escuridão.
A penumbra de um quarto em contraste com um fino feixe de luz de um abajur antigo não me deixa pensar, nem perder-me em memórias, em jogos de palavras, em imagens perdidas. Apago a luz, fecho os olhos, e nada novo de novo. Jogo meu peso sobre a cama, pego no sono e sonho qualquer coisa confusa, como se assistisse a um filme muito antigo usando óculos de sol. Não enxergo as pessoas, não entendo o que sinto, apenas vejo as imagens embaçadas se distanciarem e mudarem. Acordo e encontro a folha em branco.

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